sexta-feira, 4 de julho de 2008

Nada substitui a humanidade



Que Tecnologia pode substituir essa interação?

Isso é a Magia da Alma Humana!

"...não sois máquinas, homens é que sois."Chaplin.

Música por Computador

Utilizar o computador para produzir música, é como mecanizar um sistema que requer um conjunto de saberes e habilidades. Creio que é possível construir e apresentar mensagens musicais através dessas músicas tecno, mas onde se encaixariam as habilidades motoras e a interpretação pessoal do músico instrumentista? As novas tecnologias facilitam em muito a produção de um trabalho musical, mas sua construção precisa de sensibilidade e talento para que possam expressar a alma e a inspiração do músico no momento de sua execução, por tanto a tecnologia encontra dificuldades para tornar-se perfeita. Nada substitui a alma humana.

O Velho Método

A nova modalidade de ensino à distância é uma experiência nova, onde o ambiente de aprendizado era conhecido pela presença física de professores e alunos e pelos métodos tradicionais com o uso de lápis, cadernos e livros que precisava-mos carregar com grande esforço físico, são agora substituídos por ambientes virtuais criados para o ensino a distância, substituindo a velha mochila pelos pendrivers, e os velhos métodos pelas novas tecnologias. Só o velho professor precisa sobreviver e adaptar-separa desafiar tais aparatos que o subjuga pela necessidade.

O Educador e as Novas Tecnologias

O emprego das novas tecnologias computacionais trás uma nova forma de ensino que substitui a interação presencial. A velha forma de ensino/aprendizagem com a presença dos alunos e professores em um mesmo ambiente aos poucos vai se tornando menos intensa e distanciada pelo uso dessas tecnologias, que mesmo sem estarem na presença fica do facilitador, continuam recebendo conhecimentos. As informações passam a ser mais rápidas. As quantidades e a velocidade dessas informações obrigam o professor e o aluno a se adaptarem a esses tipos de tecnologias que avançam de maneira assombrosa, onde quem não se atualiza constantemente acaba ficando obsoleto. Nesse contexto, com o avanço dessas tecnologias, o educador recebe uma imposição que o obriga a constantes atualizações e adaptações na forma de ensinar e interagir através dos ambientes do ensino de EaD, que é quase sempre, diferente de tudo que havia aprendido pelos métodos do ensino presencial. Cabe ao educador a tarefa (quase desumana) de adaptar-se às novas tecnologias com a mesma velocidade com que elas se desenvolvem. Preocupando-se, ainda, com a qualidade dessas informações que muitas vezes se confundem com quantidade, tornando-se um refém das novidades tecnológicas. O emprego das ferramentas, contudo, trás também muitas facilidades e infinitas possibilidades para desenvolverem seus planos de aulas e tornarem mais interessantes a relação de ensino/aprendizagem conseguindo a total interação com os jovens, que vivem a mil por hora assim como as informações que recebem.

sexta-feira, 27 de junho de 2008


Um Istrumento Fascinante

"... o fagote fascina por sua sonoridade e formato. Há algo misterioso acerca do fagote, não só para o ouvinte, mas também para seu executante. Para cada verdadeiro músico, o instrumento faz parte de sua própria pessoa, também para o fagotista. Mesmo assim, os fagotistas, após uma vida a tocar este instrumento, têm que admitir que seu instrumento tem segredos que nunca lhe foram revelados...
... em todo fagote está escondido algo de insondável, secreto. Na alma deste maravilhoso instrumento ninguém, nem mesmo os grandes solistas, conseguem penetrar bem fundo. No seu timbre e caráter o fagote tem qualquer coisa mais de impenetrável, mesmo para quem o constrói.
Aparentemente assim tem de ser. Provavelmente é bom que seja assim"
WILL JANSEN

terça-feira, 10 de junho de 2008

FAGOTE, uma breve história

FAGOTE, uma breve história
Hary Schweizer

Uma pessoa que vá assistir uma orquestra sinfônica se depara com um grande número de instrumentos diferentes entre si. Mesmo o freqüentador mais assíduo tem, por vezes, dificuldades em identificar alguns deles, devido à diversidade de tamanhos, formas e nuances... Um desses instrumentos que chama a atenção (fica muitas vezes escondido no meio da orquestra) é o FAGOTE: um instrumento de forma um tanto exótica, na maioria das vezes vermelho, se parecendo com um enorme tubo revestido de chaves prateadas... Refazer a “história genealógica” do fagote é voltar à época do Renascimento e se perder um pouco em documentos imprecisos e desfeitos pela história... À essa época não havia uma música instrumental propriamente dita, mas tão somente instrumentos que, com poucas exceções (fanfarras militares, música de dança e algum folclore), repetiam aquilo que já era cantado pela voz humana. O canto a quatro vozes era então a regra e para que os instrumentos pudessem atender à tessitura de cada uma das vozes humanas (soprano, contralto, tenor, baixo) eles eram construídos em diferentes tamanhos, constituindo-se assim em “famílias de instrumentos”: instrumentos menores tinham som mais agudo, os maiores, mais grave. Existiam, entre outras, famílias de violas, de flautas, de cornamusas... Até aqui a história do fagote se confunde em parte com a de outros instrumentos. É bem provável que o fagote tenha tido sua origem em um instrumento grave de uma dessas famílias de instrumentos de palhetas duplas: as bombardas. A bombarda-baixo era de um tamanho quase descomunal, necessitando por vezes de uma pessoa que a segurasse para que outra a pudesse tocar. Como a criatividade humana não conhece fronteiras, o problema logo se resolveu... Assim, a solução encontrada foi a de dobrar ao meio um instrumento que tinha mais de dois metros de comprimento! Este procedimento reduziu por certo suas dimensões, mas teve também como conseqüência uma alteração da sonoridade; e a bombarda, inicialmente de som áspero e até agressivo, passou a ter um som mais suave, mais “dolce”, a tal ponto que tomou daí o seu novo nome: DULCIANA.

Com o acréscimo de algumas chaves necessárias para que os dedos pudessem operar os orifícios mais distantes e algumas alterações de perfuração e dimensões, este passou a ser o fagote barroco. Existe uma certa crença de que o nome fagote venha do italiano “il fagotto”, o que quer significar: um amontoado de coisas, como por exemplo, um feixe de lenha, numa alusão ao formato que o instrumento assumiu com sua dobra ao meio. Em francês o fagote atende pelo nome de basson (uma alusão ao seu “som de baixo”?). A nomenclatura inglesa é bassoon. A passagem para o século XIX, uma época acentuadamente progressista, baseando suas pesquisas na acústica, ressaltou a preocupação pela afinação e sonoridade do instrumento, fazendo o fagote passar por uma série de inovações e melhoramentos. É a partir de então que ficam mais diferenciados os sistemas hoje conhecidos como sistemas alemão e francês. O sistema francês se firmou através de construtores como Savary e Triébert, que seguiam uma linha de construção mais conservadora. Atualmente o fagote sistema francês é tido como um instrumento que executa com mais facilidade passagens no agudo e tem como característica um som mais ou menos anasalado. Buffet-Crampon é o nome que, em nossos dias, se tornou praticamente sinônimo do fagote construído no sistema francês. Na Alemanha, Carl Almenräder (1786-1843), com sua criatividade e muitas inovações, é de fundamental importância no desenvolvimento do fagote sistema alemão; aliando-se a Johann Adam Heckel (1812-1877), um jovem e talentoso construtor de instrumentos, desenvolveu o fagote, dotando-o de um novo mecanismo a alterando-lhe também as dimensões de perfuração. Esse novo instrumento é a base do fagote moderno alemão, que atualmente também é conhecido como “sistema Heckel”. Para o ouvinte a diferença de sistemas se faz sentir sobretudo através da sonoridade e do aspecto visual do instrumento; para o fagotista, além destas, existe a grande diferença do mecanismo das chaves, que faz com que o dedilhado usado em um instrumento não seja aplicável a outro. Independentemente se o fagote é baseado no sistema francês ou alemão, ele se compõe de uma parte construída de metal (bocal) e de quatro partes construídas de madeira (asa, culatra, baixo e campana), que se encaixam uma na outra e que, quando montadas, perfazem um tubo cônico de 235cm, tendo um diâmetro inicial de 4mm. e finalizando em 4 cm. No tocante às partes de madeira, quando o sistema é alemão, o fagote é quase sempre construído em ácer (em alemão: Ahorn; em inglês: maple wood); quando seu sistema é francês, a madeira usada é tradicionalmente o jacarandá. Como o ácer é uma madeira muito clara, quase branca, o fagote é normalmente tingido com alguma coloração que lembre a nobreza da cor do mogno. O jacarandá, por ser já de natureza mais escuro, não recebe corante e tende automaticamente ao marrom. Mas não é a cor que importa; ela é um acessório meramente estético...O fagote é o baixo do grupo das madeiras (flauta, oboé, clarineta, fagote) e realizador de uma extensão sonora bastante ampla: são mais de três oitavas, abrangendo do sib –1 até o mi 4 (tomando-se como base o dó central = dó 3). Atualmente instrumentos mais apurados, instrumentistas mais ousados e uma literatura mais exigente estão fazendo extrapolar essa tessitura, forçando o fagotista a tocar, em certos casos, até o sol 4. O som do fagote é produzido, tal como na bombarda renascentista, por uma palheta dupla aplicada a um bocal em forma de “S” e feita vibrar pela boca do instrumentista através do sopro. As exigências de sonoridade da orquestra moderna e o desenvolvimento ds instrumentos fazem com que cada um dos instrumentos das madeiras tenha um ou mais “parentes” próximos: flauta - flautim; oboé - corne inglês; clarineta - clarone. No caso do fagote o parente próximo é o contrafagote, que soa uma oitava abaixo do fagote. O fagote é de construção bastante complexa, sobretudo em função da dobra do instrumento, onde, em uma só peça, na chamada culatra, existem dois furos: um descendente e outro ascendente unidos por uma válvula em forma de “U”. Por isso, contam-se quase que literalmente nos dedos os fabricantes de fagote pelo mundo afora, estando os principais representantes na Alemanha, França, Estados Unidos e Japão. O Brasil está modesta mas orgulhosamente representado neste seleto rol de fabricantes com o autor deste pequeno histórico do fagote, que, há cerca de 10 de anos, se aventura com sucesso nesse campo, usando para isso madeiras brasileiras.

HARY SCHWEIZER foi, até 1995, professor de fagote na Universidade de Brasília. Atualmente é fagote-solista da Orquestra do Teatro Nacional de Brasília e fabricante de fagotes.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O Projeto Memória Digital visa a digitalização de Parte do acervo de antigas partituras musicais da Banda de Música da Polícia Militar do Estado do Acre. Esse acervo faz parte de um grande número de antigas Obras Musicais de autores Acreanos que retratam vários fragmentos da história musical Acreana.
História esta, que vem desde 1916, quando surgiu a primeira Banda de Música do Estado do Acre. Criada e mantida pela Prefeitura do Alto Acre, na gestão do Dr. Augusto Monteiro e sob a coordenação do capitão Pedro Vasconcelos Filho, comandante da companhia Regional que fazia parte da Força de Defesa das nossas fronteiras e pelo Sargento Acrísio Poncionato de Morais, a Banda de Música contava apenas com 18 músicos e raríssimas composições.
O Projeto Memória Digital traz a possibilidade de preservação dos originais desse acervo, proporcionando um acesso seguro a essas obras por todos os segmentos da sociedade, principalmente aos músicos e estudantes de música que poderão ver e ouvir o conteúdo dessas partituras sem danificar os originais, ajudando na preservação da história musical do Acre e de seus compositores.
Ao Governo do Estado que através da Fundação Elias Mansour, pela Lei de Incentivo a Cultura, proporcionou a realização de parte de um sonho que é a total recuperação e digitalização do restante dessas obras de valor inestimável, nossos agradecimentos.